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Conflito Madrugada do primeiro dia do ano... Observo um rapaz à beira-mar, estático, camisa branca esvoaçante, pés descalços, a contemplar a escuridão do oceano. Uma após a outra, as ondas acariciam seus pés. Atrás de nós, uma euforia bêbada passa na avenida; à nossa frente, uma imensidão descansa mansamente. O momento é mágico. O oceano espalha-se diante de nós, majestoso e indiferente. Nuvens enegrecem a paisagem até onde a vista alcança. Não dá pra saber exatamente onde começa a linha do horizonte. Mas isso não é importante. O certo era que nenhuma pintura, música ou obra humana poderia superar o mistério que repousava sobre aquelas ondas, cujo som nos era trazido por um enérgico vento. Vou me dando conta de alguns contrastes: a camisa branca na escuridão, o frio do mar comparado ao calor da algazarra, a necessidade de se isolar em meio à ânsia de estar rodeado por pessoas. Porém, o mais significativo dos contrastes vem das sensações que eu imagino que o rapaz esteja ex